sexta-feira, 30 de março de 2012

O que a Mascara esconde

                             

 

                                          mascara12

   Decifra-me ou te devoro. É isso o que ela fala, mesmo sem pronunciar som algum. Até porque, é exatamente assim que ela se comunica, através dum incomodo silencio. Mas é bem verdade que hoje em dia, são poucos os que se incomodam com esse vazio de “seja lá o que for”, por que afinal de contas, o vazio é cheio de nada mesmo.

  Ela é astuta, pois se veste de verdade, quando de fato é verdadeiramente uma prostituta, se vendendo por conformismo em forma de uma opinião maltrapilha, agressiva e barata. Apresenta-se por traz de uma mascara de virtude que esconde uma face de vícios, farsas convincentes e convenientes. Possui um aspecto de firmeza que muitas vezes se confunde com convicção, mas ela coitada, firma suas bases em alicerces frágeis como toda mentira que pretende passar por verdade faz. E quando menos espera cai, e sua queda gera uma reação de elementos inflamáveis; ira, orgulho, agressividade e ódio.

  E como se não fosse ruim o suficiente ela ainda vem acompanhada, pois estabelece uma relação de mutualismo com o estereótipo e o preconceito. Juntos, acabam por aprisionar na estaticidade ideias, conceitos e perspectivas que deveriam voa livre sobre os ares do conhecimento e da duvida, pois em verdade a duvida é mais amiga do conhecimento do que a certeza. A certeza sem esclarecimento ou dúvida não nos acrescenta nada a não ser a limitação, a restrição de um saber que nos faz ignorar ou limitar o conhecimento, tanto prático quanto conceitual, tornando-nos prisioneiros de nós mesmos. Por tanto libertar-se depende única e exclusivamente de cada um. LIBERTE-SE.

 

“O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.”               Aristóteles

“A ignorância é o elemento mais violento da sociedade.”                          Emma Goldman

“Aquele pensa que sabe muito, mas não sabe de nada, e a sua ignorância é tanta que nem sequer está em condições de saber aquilo que lhe falta” Fénelon, François

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