terça-feira, 14 de agosto de 2012

O EU degustador.


E tudo quanto se prova

Prova apenas que tudo que tem gosto está sujeito à amargar

Que tudo também é paladar

É expor-se à sentir um gosto que não pode parar

Lidar com sensações imprevisíveisÉ diferente de experimentar sentimentos coordenados                                      

Pois na vida não há receitas ou cardápios 

É como um jantar à luz de velas... algumas vezes às cegas

Nunca ouve conclusão, sinônimo de solução 

Apenas uma longa e desesperada degustação

Onde sabores são saberes 

Temperados por temperamentos Refogados à óleo de esperança 

A fim de espantar qualquer gosto que possa amargar

Alimentando-se de todo mantimento que faça o paladar refinar

Saborear momentos inesquecíveis de felicidade

Mesmo meio que sem jeito                                                                           estaremos sempre sujeitos a experimentar 

E diante disso, só nos resta saborear...

sexta-feira, 30 de março de 2012

O que a Mascara esconde

                             

 

                                          mascara12

   Decifra-me ou te devoro. É isso o que ela fala, mesmo sem pronunciar som algum. Até porque, é exatamente assim que ela se comunica, através dum incomodo silencio. Mas é bem verdade que hoje em dia, são poucos os que se incomodam com esse vazio de “seja lá o que for”, por que afinal de contas, o vazio é cheio de nada mesmo.

  Ela é astuta, pois se veste de verdade, quando de fato é verdadeiramente uma prostituta, se vendendo por conformismo em forma de uma opinião maltrapilha, agressiva e barata. Apresenta-se por traz de uma mascara de virtude que esconde uma face de vícios, farsas convincentes e convenientes. Possui um aspecto de firmeza que muitas vezes se confunde com convicção, mas ela coitada, firma suas bases em alicerces frágeis como toda mentira que pretende passar por verdade faz. E quando menos espera cai, e sua queda gera uma reação de elementos inflamáveis; ira, orgulho, agressividade e ódio.

  E como se não fosse ruim o suficiente ela ainda vem acompanhada, pois estabelece uma relação de mutualismo com o estereótipo e o preconceito. Juntos, acabam por aprisionar na estaticidade ideias, conceitos e perspectivas que deveriam voa livre sobre os ares do conhecimento e da duvida, pois em verdade a duvida é mais amiga do conhecimento do que a certeza. A certeza sem esclarecimento ou dúvida não nos acrescenta nada a não ser a limitação, a restrição de um saber que nos faz ignorar ou limitar o conhecimento, tanto prático quanto conceitual, tornando-nos prisioneiros de nós mesmos. Por tanto libertar-se depende única e exclusivamente de cada um. LIBERTE-SE.

 

“O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.”               Aristóteles

“A ignorância é o elemento mais violento da sociedade.”                          Emma Goldman

“Aquele pensa que sabe muito, mas não sabe de nada, e a sua ignorância é tanta que nem sequer está em condições de saber aquilo que lhe falta” Fénelon, François

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Viver, amar, navegar…

 

 

ponte-ou-caravelas-3177

Vida, aventuras e suas desventuras

profunda e misteriosa experiência , assim como os oceanos

com conchas de som nas beiras das praias de felicidade

e tempestades rancorosas nos vastos vazios do alto mar

“som e fúria”,

canções, alusões de emoções… e movimento

a maré, tanto de sorte ou de azar

jamais poderá determinar

à que horizontes essa vida nos levará

nos cabe aproveitar a força dos ventos do acaso

domar nossa caravela e velas içar

evitando vacilar

sem jamais naufragar nas profundezas do pesar

tomando o sol por sextante;

do alto sua luz eternamente nos guiará.